Tuesday 20 May 2008

Vamos Sair da Chuva Quando a Bomba Cair

Centro Cultural Grupo Silvio Santos - Até:04/07/2008 
Endereço: R. Jaceguai, 400 - Bela Vista - Tel. 3241-4203 
Elenco: Mel Ciocolato e Eduardo Parisi. 
Direção: Eduardo Parisi 
Horário: Quintas e sextas, às 21 horas. 
Ingressos: R$ 20,00. 
Texto: Mário Bortolotto 
Descrição: A peça conta ...

Recomendação pra quem quiser pagar de "sou foda, vou ao teatro (uma vez por ano - normalmente um musical pop)". A peça é muuuuuito boa, dá pra assistir sem viagens intelectuais, pra quem não gosta. É no mesmo prédio do Teatro Imprensa (naquela pracinha na Brigadeiro, um pouco antes to Teatro Abril), numa salinha minúscula que mal parece teatro (vc sai pelo "palco").

Aaaah, e tem um gato que come azeitonas...e cospe os caroços! Hehe...

Sunday 18 May 2008

Wednesday 14 May 2008

40 anos depois – mais um artigo sobre 68

Texto escrito em aula: comentário sobre Maio de '68 - olha no que dá. Reclama muito, fala pouco. Tipicamente Georgia.

Todo ano, parece haver algo novo para comemorar, em grandes festas, eventos, exposições, mostras e reportagens especiais organizadas pelas mais diversas instituições ao longo de 12 meses. Ano passado, foram os 40 anos do lançamento do álbum Sgt. Pepper’s, em 2006, foi o “Ano do Brasil na França”, em 2004, os 50 anos do rock. Este ano, além do centenário da imigração japonesa no Brasil, também celebramos 40 anos desde 1968. Maio de ’68, para ser mais específico (as comemorações ainda se estendem durante todo o ano, no entanto), data em que estudantes franceses formaram barricadas nas ruas de Paris, acarretando uma greve geral que paralisou dois terços da França, ao passo que mais e mais pessoas se juntavam à causa dos estudantes, contra o autoritarismo do governo DeGaulle.
Mas porque 1968, especificamente, marcou tanto a história do século XX? Foi um ano em que os jovens tomaram as ruas para lutar pela liberdade, dizem os livros de história. Protestos contra a ditadura militar no Brasil, contra o autoritarismo do governo na França, contra a guerra e o sistema capitalista nos EUA, contra o regime comunista na Europa ocidental. E, como nas celebrações passadas, seremos inundados novamente com discursos saudosistas, de uma época melhor quando os jovens tinham ideais, e lutavam por esses ideais para que a geração de hoje tivesse tudo o que eles não tinham.

Seria esta a grande herança da geração de ’68? A liberdade pela qual eles tanto lutaram, e qual a geração de hoje não valoriza minimamente? Liberdade sexual, de expressão, musical? Igualdade sexual, racial? O fim de ditaduras e guerras sem sentido? Um olhar para o mundo à nossa volta nos diz que não.

Entretanto, é isso o que nos vendem, a partir de suas festas eventos, exposições, mostras e reportagens especiais: o ideal do 1968 que mudou tudo no mundo em que vivemos hoje. Não importa que grande parte da geração de ’68 tenha esquecido de seus ideais e os traído, não importa que tudo contra o que lutaram ainda exista hoje, mesmo que de uma maneira mais sutil.


Nem parece a mesma pessoa que escrevia aqui há pouco mais de 1 ano...

E, falando em contradição: nem parece a mesma pessoa que escrevia aqui há alguns meses sob o título Eu quero uma bandaaaaaaa!!!!!!!!! (pena que eu perdi o conteúdo original daquele post...)

Perdida como sempre, desci correndo do ônibus e sentei no ponto, Stooges no ouvido, completamente deslocada do mundo. A mina do meu lado, com uma carinha de indie-mais-velha, me pergunta, do nada: "Você toca alguma coisa?" Eu: "Como assim? Tipo, instrumento? Ah...até toco né". Listo os dez mil que já toquei alguma vez na vida (nunca fui adiante com nada, né?). "Ah, então, é que eu queria formar uma banda, só de meninas." "Putz, nem toco nada bem o suficiente pra isso." Nisso, aparece meu ônibus (vale lembrar que nem atrasada eu estava). Falo tchau e boa sorte. Sou burra ou o quê?! Honestidade sem pensar é foda...

Monday 12 May 2008

Outrage at 'starvation' of a stray dog for art | Art & Architecture | guardian.co.uk Arts

On the "Habacuc starving a dog for art" thing, I can't be bothered to write a full entry on this, but I thought it shouldn't be ignored just how fucking stupid and hypocritical people's reactions to all this have been! (Let us please remember that it isn't even truly confirmed that the dog died afterall - like with most sensationalist news such as this, you can read somewhere that the dog died in front of an audience, while other sources say he might've run away during the night.)

Yes, it is a horrible thing to let a dog starve to death in a gallery, but apparently it isn't in the streets?! How many of you have ever bothered looking twice at a street dog, or a homeless person in the streets, for that matter? We let them die every day. Why is it only an outrage worth hating and petitioning over when it's done in a gallery?

Fucking hypocrites, the lot of you!

Sunday 11 May 2008

Food, drink and smoke for thought...

Ou, "Os pixos da Vila Gomes são curiosos..."



Mood: Sunday afternoon

Music: PJ Harvey

Film: Coffee and Cigarettes

Walking home today from the bus stop, I come across this little piece of urban intervention:

"Na pixação vc é o que vc tem"

Any thoughts?

Monday 5 May 2008

Les jeunes UMP célèbrent Mai 68 à leur manière | Rue89

For those who want to practice their French, this is hilarious! Right-wing youth celebrating '68...have yet to hear exactly what they say cos I'm ear-phone-less, but the comments have already made my day!

Decepções

Mood: pensativa

Song: Secret Heart - Feist

Film: Me, You and Everyone We Know

Book: For Whom the Bell Tolls - Ernest Hemingway. Slow read, but delicious read.

Quote: "That we blow up an obscene bridge and then have to obscenely well obscenity ourselves off out of these mountains?" Hemingway censors - and makes cesoring unprintably hilarious...while writing in English in Spanish style of speech...

26 de março. 11(?) horas. TUCA. Dona Maura abre um sorriso cínico ao comentar como alguns dos 500 alunos no teatro gostariam de saber sobre o Redesenho, em uma tentativa frustrada de fazer com que todos calassem a boca para que eles pudessem passar uma apresentação de PowerPoint que explicava todo o processo do Redesenho Institucional e sistematizava as propostas e mudanças feitas até então. Detalhe: o processo começou em setembro de 2006, o site que divulgava todas essas informações estava aberto desde março de 2007, escondido em um canto esquecido do já inútil site da PUC-SP (que não foi atualizado desde antes da votação, vamos lembrar), e a votação para aprovar o projeto de Redesenho aconteceria hoje, em uma sessão ordinária do Conselho Universitário - que conta com apenas um voto discente. Meio tarde demais para nos contar sobre o Redesenho, hein Dona Maura? Eu, que até aquele momento fiquei calada no meu canto assistindo - não concordava com a forma que os alunos escolheram de protestar, inviabilizando a reunião completamente com xingamentos e palavras de ordem (cara, é tão difícil falar algo de útil ao invés de gritos de "Abaixo a ditadura do laquê"? - tô parecendo uma reaça falando! haha) - começei a gritar também, de raiva. Queira Dona Maura tivesse me ouvido. "Eu me dei sim o trabalho de me informar sobre a porra do Redesenho, por mais difícil que vocês tornaram a informação! Agora já é tarde! Era pra ter feito isso há um ano atrás, não na véspera da votação!" Bem, foda-se! No final, era tudo só uma grande farsa, uma tentativa frustrada de fingir que o processo foi minimamente democrático já que, no final das contas, tudo já foi decidido e posto em prática séculos atrás. Enxugamento e demissão de professores e funcionários (o que eles chamam de "maximização" - eufemismo empresarial), terceirização de serviços, unificação das secretarias (facilitar o atendimento aonde? Criando filas quilométricas com três funcionários para atender à PUC inteira - incluindo os outros campii? Mudando o nome dos setores de administração? Tornando as secretarias das faculdades completamente inúteis, apesar de mais práticas? Centralizando as informações de registro acadêmico do aluno para causar maiores erros de cobrança? Ou seria para dificultar e despersonalizar o atendimento a alunos com pendências financeiras - as únicos que importam, afinal?). Certo, tudo isso não estava no "documento" (me pareceu mais uma apresentação do PowerPoint de escola) de projeto de Redesenho Institucional da reitoria - o projeto aprovado ao final da votação (como se os outros tivessem alguma chance ou fossem minimamente diferentes pra começar). Quem leu o "documento" sabe que neste não constavva mesmo nada de concreto. Repito, NADA! Palavras bonitas como integração, autonomia, democracia estão jogadas aqui e ali, com nada que demonstre o como. Que minha mensalidade - que alguns anos atrás poderia ter sido de R$500 - continue crescendo! (E indo direto para os bancos Real e Bradesco. Quem financia meu curso agora é a Globo. Que delícia!) Eles negam, e eu continuo sem acreditar. Mas continuo pagando (caro - R$1100) pra ver.

Enquanto isso, a discussão e a organização do movimento estudantil morreu na terceira semana. Durou bastante. Até chegou a sair um blog. Pena que nada foi publicado. Foi mais longe que da última vez.

Já meu rant sobre o incessante Caso Isabella, vou postar quando escrevê-lo (devia ter sido escrito há um mês, quando eu ainda me importava; estou devendo um texto desses para meu professor há duas semanas...mas ainda vou escrever! Quem sabe ainda saia bom?).

Outro comentário necessário (chupinhado da comunidade do orkut - que depressing! - da qual eu faço parte eu não sei por quê): "Eu choro por esse programa, pq a idéia é ótima, e realmente poderia ter dado certo e ser interessante se a produção não fosse tão preguiçosa. Mal dá tempo de discutir direito os temas, então acabam passando a hora inteira só repetindo sensos-comuns que só deixam as pessoas mais burras. Gente, é sério, como vc pode pedir pra alguém na rua te dar uma opinião sobre algo que elas mal conhecem, e vc nem se dar o trabalho de explicar um pouquinho mais a fundo pra ela, dar tempo para pensarem em uma resposta, dar tempo para as pessoas elaborararem alguma coisa melhor pra falar nos quadros Sim ou Não e Chora...nem pra mudar de local das entrevistas (sempre no MASP ou na PUC, se alguém não percebeu). Mas, não. Tudo o que vc vê nesse programa são comentários bestas dos entrevistados que não têm nada melhor pra falar e "Te amo Pêêêêê!!". É uma grande pena." (sobre o novo programa MTVnaRua, no pior estilo "Povo Fala", que tinha tudo pra ser bom - mas além de todas as bostas, ainda têm um quadro chamado Chora!!! [com três pontos de exclamação mesmo] onde as pessoas têm 30 segundos para fazer sua reclamação sobre qualquer coisa - nunca nada útil e nunca nada que passe dos 15 segundos)

E vai uma dica final: a extinta revista de musica gringa Ray Gun, com um design gráfico incrível! Aqui vão alguns exemplos geniais.

E uma decepção que virou esperança: 1 ano. Plus one. ♥